segunda-feira, 20 de abril de 2009

Por Bruna Dantas:


Afinal, o que é ser feliz?
Ser feliz é dar valor às pequenas coisas da vida, que são as mais importantes e que realmente marcam. É abraçar e ser o último a soltar os braços, é distribuir sorrisos a quem precisa, é gritar de felicidade só pelo simples prazer de existir.
Ser feliz é comemorar um gol do seu time amado, é dançar sem música, é ter perseverança para vencer obstáculos e também humildade após cada vitória. É ajudar alguém necessitado, é dar sem esperar receber; fazer boas ações sem planejar recompensas futuras.
Ser feliz é apaixonar-se e amar alguém do jeito que ele realmente é, com seus defeitos e qualidades. É ver beleza na simplicidade da vida e nos ensinamentos que ela nos transmite. É ter acessos de riso por motivos sem importância e viver cada segundo como se fosse o último, 'porque um dia ele realmente será'. E lembre sempre que 'a felicidade não está nos momentos em que respiramos tranquilamente, mas sim nos que nos deixam sem fôlego'.
Ser feliz é transmitir energia positiva às pessoas ao seu redor e, acima de tudo, ser feliz é amar. Pois não há ferida que o amor não sare, nem escuridão que o amor não ilumine; nem doença que o amor não cure, nem pecado que o amor não perdoe, nem choro que o amor não converta em riso.
Você já foi feliz hoje?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Somente a atitude traz a esperança


Durante a aula de física, abriu-se a discussão. Quase que imediatamente, perguntas pipocaram irrefreáveis em minha cabeça.
O assunto era a universidade e seus professores "responsabilíssimos" e extremamente comprometidos com a aprendizagem de seus alunos; verdadeiros "exemplos" de assiduidade e de postura social.
Por que as pessoas são tão injustas?
Por que certos indivíduos acomodam-se em suas poltronas de injustiça e despreocupação e ignoram completamente o ensino verdadeiro?
Por que reinam o descompromisso e a esculhambação?
O que leva as pessoas a agirem assim? Qual a finalidade delas ao adotarem esse tipo de postura?
A enxurrada de questionamentos inundou-me num arroubo de indignação. Quase ninguém mais pensa na educação propriamente dita. Não se importam em ensinar, em exercer suas profissões de maneira digna, em tentar construir pessoas mais conscientes, em ajudar o povo e o país a crescer.
Isso desce rasgando pela minha garganta e sai muito penosamente da ponta da caneta, mas sei que mudar imediatamente o perfil atual do mundo não é possível, pois pessoas já corruptas detêm o poder global. A busca de uma solução para isso remete exatamente a uma reflexão sobre a base, sobre a educação primária dada às crianças. Se nessas fossem inculcados os valores corretos, uma boa dose de consciência moral e social e, principalmente, um poder crítico aguçado, tudo poderia mudar. Infelizmente, porém, o “sonho” da educação adequada soa como uma utopia. Afinal, para que isso se concretizasse, seria antes necessário que os detentores do poder resolvessem mudar. Decidissem que a imoralidade e a falta de caráter é algo ruim e passassem a enxergar que no mundo também existem outras pessoas além deles mesmos. Mais difícil ainda: seria necessário que eles percebessem que o mundo [que pena!] não é propriedade particular deles.
Isto é, como oferecer um ensino de qualidade para os pequenos, se os mais capacitados para isso e os poderosos não estão nem aí? Conclui-se, portanto, que para que a realidade mudasse, seria necessário o surgimento de uma geração “cabeça-feita”, com senso crítico e consciência natos. Mas é aí que vem a outra alternativa. Os valores corretos de comprometimento social e solidariedade poderiam ser disseminados. Assim, uma geração inteira poderia ser reformulada e o mundo poderia, enfim, ser governado por pessoas boas.
É, infelizmente, isso também soa como uma utopia. Palavras bonitas, verbos no futuro do pretérito... Nada fácil. Mas como alguém sábio uma vez disse ao tentar "acalmar-me" de uma de minhas crises de revolta: “É muito mais fácil ser errado”. Essa é uma das maiores verdades que existem. Ter retidão moral é dificílimo. Principalmente quando todos ao redor mostram que o caminho mais fácil, mais cômodo, é o da desonestidade. Principalmente quando vê-se, por todos os lados, ladrões prosperarem com o dinheiro alheio e viverem felizes, sentados num trono feito da miséria do povo.
Contudo, o esforço valeria a pena. O nado contra a correnteza não seria em vão. Somente assim esperança.

Nas entrelinhas da Felicidade, quem sabe o que está escrito...

Agora um texto light, pra amenizar os dois que estão em cima e embaixo. =)

Descobri que a razão não me barra o sentimento.
Que o que vem de dentro simplesmente não tem seu grito abafado por certezas mundanas.
Que o espírito não descansa até poder gritar e vê-se livre dos arreios que a sociedade insiste em colocar.
Que a consciência deve ser tratada com esmero e atenção, pois é dela que vem a força para seguir contra a correnteza, é nela que está gravada a senha do cofre dos bons valores e é a partir dela que a alma vira pássaro e, sendo ave, voa rasante por novos mundos.
Descobri [já faz um tempo] que se deve alegrar com as pequenas coisas da vida, mas que, quando se encara a vida de maneira boa o suficiente para se viver assim, corre-se o risco de também entristecer pelos menores motivos. De qualquer forma, é um risco que vale a pena correr.
Descobri que nem sempre a paz é obtida por meio de grandes feitos ou de fórmulas pré-estabelecidas. Muitas pessoas sentem paz ao subirem numa árvore e ficarem a contemplar o céu azul; outras encontram paz na chuva, no cheiro bom que ela traz e nos seus ventos úmidos de transformação; há também aquelas que acham a paz em abraços: abraços de amigos, de professores, de tios, dos pais, de novos conhecidos... Aprendi que a paz está a toda volta, basta saber enxergá-la.
Descobri também que cada grão de areia da montanha faz a sua diferença, e que a união de partículas aparentemente insignificantes é capaz de mudar relevos inteiros. Para isso, basta ter paciência e saber usufruir dos agentes externos da melhor maneira possível.
Aprendi que se deve amar sem medo, sorrir sem arremedo [sorriso nunca é demais] e fazer valer a pena cada nova linha que se escreve na história do existir. Só assim o livro da vida poderá ter como título a "Felicidade".