sábado, 13 de março de 2010

A infinda beleza do viver


A vida, observada em seus pequenos momentos, é tão aleatória quanto as milhares de explosões estelares que ocorrem a cada segundo Universo afora.
Todo instante vivido revela uma infinidade de caminhos que podem ser tomados e estão à nossa disposição, completamente acessíveis. Por qual enveredaremos depende unicamente da atitude tomada, da palavra dita ou da escolha feita naquele mesmo efêmero e singular instante.
Dessa forma, a vida se apresenta como um gigantesco leque de possibilidades. E é justamente essa multiplicidade de “histórias” que podemos construir que a torna tão bela e diversificada, instigante e misteriosa por natureza.
Para entender tal fato com bastante clareza, basta observar, por exemplo, um jogo de futebol. Imagine a diferença decisiva que o deslocamento de alguns centímetros da bola para o lado errado faria para um time que fez o gol. Antes disso: pense que se o jogador que fez o gol tivesse andado mais um passo para a frente, talvez o placar não se alterasse. Mas quem sabe? Ninguém pode ter certeza do que iria acontecer. É essa incerteza constante acerca do futuro (próximo ou distante) que torna a vida inspiradora, sublime, plena e desafiadora. É isso que me torna ávida por viver. O talvez é nada menos que fundamental e intrínseco à própria existência.
Por isso de nada adianta ficarmos criando na cabeça um punhado de situações e diálogos possíveis, já que uma pequena frase ou ação, um simples instante, pode mudar o rumo de absolutamente tudo. As chances de aquilo acontecer como imaginamos são as mesmas de não acontecer: infinitas.
[Contudo, se alguém conseguir a façanha de acabar com tais criações mentais, frutos do próprio desejo de que algo aconteça, por favor, me avise; quero saber comofaz.] =)